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A dualidade e por que ela não faz sentido

Foto do escritor: Krishna GrandiKrishna Grandi

Atualizado: 17 de nov. de 2022

Se tudo ou é ou não é e o nada é o contrário de tudo, onde fica o meio dessa frase? Entre o sim e o não, existe o depende. As circunstâncias que vão me dar o que preciso para decidir sobre uma opinião.


E eu detestaria ter resposta pra tudo, então fica aí no meio também um “não sei”. É muito fácil polarizar e largar pra lá. Afinal são trocentas decisões que precisamos tomar num dia. Quem dirá o que servir de jantar à noite.


Respondendo à pergunta, o meio da frase é o “e”. Uma única letra que uso para começar a achar as circunstâncias. Às vezes, ela soa alto, mas na maioria das vezes está bem tímida.

Serve para qualquer situação. Pode servir para adicionar mais informações. Que é o necessário. E aqui fica a ressalva, não é para saber se é o certo ou o errado. E sim, para ficar menos ignorante na opinião. Não tem como estar certo ou buscar uma verdade que pode nem existir. Apenas para ficar mais longe do que é errado. Num limbo entre o meio disso tudo.


Sabe? Entre o céu e o créu tem muito mais do que só e somente a razão pode explicar. E depois de muitos motivos, muitos fatos, muitas provas, muitos “não pode ser” e daí é que é. Sim, era isso mesmo, e daí se encerra o debate e pode-se seguir a vida. Não tem mais o que fazer. Nada me provará o contrário, porque ele não existe. É diferente.


E repito, serve para qualquer situação. Qualquer comentário, por mais besta que seja. Serve para isso. Coloca um “e” depois da sentença. E o caos está feito. Porque não tem mais pra onde ir. Não existe mais ou vai ou racha, porque não é mais questão de tudo ou nada.


Veja esse texto por exemplo. Parece confuso. Quem escreveu, parece idiota. E é? Depende de quem lê. E cada um que ler vai ter suas frases e apontamentos para fazer. E vamos ter milhares de opiniões e sentenças tentando provar a sua certeza sobre o assunto. Só que tem a minha também, e para cada uma delas, tem a minha pergunta favorita sobre o “e”. E daí?


Não é de extrema relevância no mundo das crônicas literárias, entretanto é relevante para mim. No meu universo Krishnesco, o meio me dá mais caminhos que o fim. A criatividade gira nesses pensamentos fofinhos sobre a vida e pequenos coloridos onde é só preto no branco.

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